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terça-feira, 17 de julho de 2007

Não consegui deixar ir...

Êta saudade doída!



Gonzaguinha era, para mim, como um amigo. Um amigo que conseguia traduzir minha alma em palavras e belas melodias, exatamente como eu gostaria de ser capaz de fazê-lo. Um dia, um triste dia, alguém cortou a frente de seu carro, na estrada. Ele partiu instantaneamente. Aquela pessoa provavelmente ainda permanece por aqui... Assim é a vida. Ninguém falou que ela é, necessariamente, justa. Não à primeira vista, ao menos. Ainda é bonita, Gonzaga, apesar de tudo. Mas o seria ainda mais se permanecesses entre nós, enriquecendo-a com tua poesia.

2 comentários:

MARCO ANTONIO DE MATTOS disse...

Adorei suas palavras...tão verdadeiras, não tive a oportunidade de conhece-lo.
beijos

Unknown disse...

Oi, Maria Fernanda. Obrigada pela visita! Eu tive a oportunidade de assistir a dois shows dele, pessoalmente. No segundo, que era numa boate, nada tão cheio quanto um estádio ou um auditório enorme, consegui falar rapidamente com ele, ao final. Entreguei a ele algo que escrevera, um agradecimento, e ganhei um beijo na bochecha e um abraço. Fiquei muito feliz por aquela oportunidade, especialmente quando ele partiu, pois ao menos não fiquei entregue à frustração da vontade de dizer a ele o quanto ele era meu "amigo" e o quanto ele refletia minha alma. Sofri quando ele partiu, especialmente quando soube como. Pensei, inicialmente, que fosse overdose, algo assim. Então, lendo mais, descobri que ele não era dogrado. Era magro esquelético porque havia sofrido de tuberculose mais de uma vez. Por essa razão, inclusive, era cuidadoso com sua saúde. Segundo o que li, também, era um marido e pai amoroso. Um dia, a caminho de um show, dirigindo o próprio carro, na estrada, foi cortado por uma caminhonete que dobrou à esquerda sem fazer o balão que deveria ser feito quando se vai dobrar em uma estrada de alta velocidade. A caminhonete "sobreviveu", e seu motorista fugiu em disparada. Nunca se soube quem era. Gonzaguinha não teve tempo nem de compreender o que estava acontecendo. Seu pescoço deslocou, e ele partiu imediatamente. Eu, que tinha todos os discos dele, por muito tempo não consegui mais escutá-lo. Era difícil demais, doído. Hoje já consigo, mas às vezes ainda vem aquela tristeza danada, e as lágrimas escorrem, mesmo que eu não queira.
Ainda dedicarei um post decente a ele, um dia, mas preciso de tempo para pesquisar e elaborar algo à altura.
Beijão!